Você foi extremamente batalhador e entrou nessa? Parabéns!

Vai fazer sentido para você: Café! Você poderá dormir quando estiver morto 😜

A sensação de entrar na Alemanha é muito assustadora no começo. Todos falam rápido e baixo demais, te olham estranho, te tratam com uma certa desconfiança… bem diferente do Brasil. O tempo passa e você acaba se acostumando, na verdade você terá que se acostumar com MUITA coisa diferente.

Um ano de Au-Pair não é só trabalho, bem pelo contrário.

Muitos acham que aqui dá para trabalhar o dia inteiro e no fim de semana descansar, mas isso é o que você menos fará por aqui. Folga é dia de sair para ver os amigos, viajar, fazer festa, aventura… tudo menos o conforto da cama!

Como eu tinha escrito nos outros posts sobre fazer este tipo de intercâmbio, as possibilidades de pegar um trem, ônibus ou avião são enormes. Pesquisando bem você achará preços muito bacanas e que cabem no seu bolso. Como exemplos eu cito o Mitfahrtgelegenheit, Bla Bla Car e o FlixBus (ônibus).

Famílias hospedeiras incentivam o turismo?

A maioria das famílias hospedeiras dão apoio no caso de uma viagem diferente para conhecer o país, eles são muito orgulhosos de onde vivem e adoram aquelas comparações do tipo “conheço tal e tal país, mas ainda acho a Alemanha mais bonita!”.

Alguns levam até a estação e depois ainda vem buscar. Tem aquelas raridades onde a família paga até o ticket do trem e nao desconta depois do salário. Mas deixo claro que são raridades mesmo…

O mais engraçado é que chega um momento que você viajou em um ano mais do que a família em uma vida inteira, o que faz ou criarem uma vontade de passear mais, ou implicar com você, caso você queira sair de novo.

Vish… vieram umas cartas estranhas pra mim!

Uma coisa que vai lhe causar susto: no momento que você se cadastrar como morador da cidade onde irá trabalhar, começarão a aparecer cartas estranhas. Imposto de rádio, televisão, internet, lixo… tudo com valores para você pagar.

Calma! Isso tudo é problema da família, você não terá que arcar com nada.

Curso de alemão

Como está dito no contrato, a família é obrigada a te pagar um curso de nível iniciante de alemão. Eles também precisam te pagar as passagens de ônibus, caso eles não consigam te levar até lá. Não faltem de forma nenhuma o curso, lá é melhor oportunidade de aprender melhor o idioma com alguém paciente e que QUER te ensinar. É gramática, conversação, escrita… é só se esforçar.

Vamos falar de visto?

Isso é o que mais da receio no início, pois sempre dizem que para esse tipo de solicitação você tem que entrar sozinho. Vou te falar: não é verdade. Quando você tiver que renovar seu visto, a família hospedeira terá que te levar ao Landratsamt (que é quase um mini consulado) e lá eles encaminham seu novo visto, olham novamente seus documentos e sua inscrição no curso. Esse passo é super importante, afinal, ninguém quer ser deportado nos primeiros meses, não é?

Mais umas dicas:

Seus chefes te disseram para assistir o noticiário de noite e você não entendeu nada pois falavam rápido demais? O canal de TV Deutsche Welle tem o noticiário devagar, muito mais fácil de entender.

O que eu posso dizer também? O tempo passa rápido demais!

Logo vou poder escrever o que é necessário fazer quando se está indo pra casa. Essas fases da vida tem o seu devido charme.

Espero que tenham gostado dessas minhas dicas e avisos. Quero relembrar que eu estou aqui para o caso de terem perguntas mais pessoais, é só enviar um e-mail para bruna@falacatarina.com.

Foi muito bom poder explicar de forma mais aberta o que acontece por aqui. Espero também que utilizem minhas dicas de forma sensata, façam todas as perguntas necessárias antes de assinar o contrato.

Mit freundlichen Grüßen,
Bruna.

Escrito por

Bruna Both

Blogueira oldschool. Fui por anos autora do blog Divergências Vitais que se transformou agora em Fala, Catarina. Aqui falo sobre reflexões, assuntos bacanas e design, que está sendo uma das minhas grandes paixões.