Era eu, uma menina solitária que queria amigos. Era eu, aquela que desistiu de tentar somente agradar quem não merecia e se jogou no mundo dos livros. Era eu, gostando de coisas que todos consideravam entediantes. Era eu também, que queria passar por aquela fase e ser “grande”.
Queria ser maior para não precisar me importar com o que achavam de mim, queria ser maior para que ninguém olhasse para mim e sentisse pena por eu ser gordinha, queria ser maior para poder me sentir mais mulher sem que recebesse comentários de “nossa como você é nova para usar delineador”.
Era eu, mas poderia ser qualquer menina nesse mundão afora. Nenhuma criança quer ser criança mais, mas uma hora você cresce e pensa: porque eu quis tanto virar adulto?
Acho que todos que já tiveram que sair de casa já pensaram milhares de vezes nisso. É tão mágico entrar em casa e ver tudo arrumado, limpo, roupas em perfeito estado, flores lindas no jardim, porém nada daquele clima “casa de mãe” se fez sozinho… As flores não se regam por conta, o jardim vira mato em questão de meses, a casa não se torna habitável sem muito esforço.
Morar sozinho ou ter todas as funções de limpeza e organização para si mesmo é algo que merece atenção constante. Se você não arruma, ninguém arruma. Ninguém virá falar “hey, faça suas coisas que assim está feio”…
Você terá que descobrir a hora de acordar, cozinhar, se arrumar e sair.
Chegará um momento que tomar banhos rápidos e sair desligando as luzes será algo automático. Fazer contas, planejamentos e ainda ter vida social? Quase impossível. E conciliar estudos, trabalho e lazer? Nem se fale.
RESPONSABILIDADE é quase sinônimo de ser “gente grande”.
me identifiquei tanto com seu texto.
Ainda moro com meus pais mas vejo que a cada dia, esse momento está acabando, e não sei se estou preparada para isso 🙁
Síndrome de Peter Pan, sempre.
ô vida.
Essa vida adulta não é fácil. Mas pra mim tem sua beleza e relevância. Adorei o post!!! E essa imagem do Peter Pan capturou bem tudo que você procurou passar no texto. Mal posso esperar pra ler mais.
Nossa, vida de gente grande é muito difícil. Mas além de tudo isso que você citou, acho que o mais assustador é nao ter certeza de nada. Somos nós por nós mesmos, tendo que tracar uma idéia de futuro, tentando construir uma vida com mais estabilidade e que ao mesmo tempo atenda nossos desejos… De todo modo, nao posso dizer que era bom ser crianca pra mim, tinha o outro lado… minha infância nao foi despreocupada e simples, desde bem nova eu tinha responsabilidades e preocupacoes…
Sou dessas que queria ser gente grande. Hoje com meus 19 anos já estou estranhando é trabalho, estudo, vida social, amorosa, afazeres de casa é muita coisa, já quero ser criança novamente rs.
https://magalicampolino.wordpress.com/
Resumo da vida: aproveitar ainda que moro com meus pais!
O texto ficou incrível, e por hora só consigo imaginar as dificuldades. (Mas já dá medo só de imaginar hahaha)
Hahaha ai Fabi!
Eu aproveito enquanto estou de férias com minha avó e meu avô. Aprendi a me virar sozinha e isso só agregou, mas tudo fica mais fácil se começamos desde cedo a ajudar aos poucos. Quando se está acostumada as pequenas coisas, tudo fica mais fácil 😀
Não precisa se apavorar, beijos,
Lembro que era e é um dos meus filmes preferidos, e eu sempre me emociono no final rs É difícil aceitar tudo mudando e aceitar as novas responsabilidades, de crescer, de ganhar de se sustentar e ter lazer e etc.
Super entendo o Peter.
Acho que todo adulto entende, mas viver eternamente como uma criança também não dá… Esses dilemas da vida são fogo!
Beijos.
Tá sendo dificil essa vida adulta né Bru?!
São tantas responsabilidades, cobranças, questões..
Não achei que fosse ser tão complicado ser gente grande, mas tenho tentado tirar algo de bom nisso tudo.
Amei o texto.
Beijos
Sempre dá pra tirar algo de bom Vera, principalmente na parte ruim. Mas é assim, podemos ser adultos com uma alma jovem também… não precisamos levar tudo tão a sério assim.
Obrigada pela visita, beijosss!